17 de março de 2013

"SE SE MORRE DE AMOR"

A morte mora ao lado, porém, quem sabe, estará à nossa frente;
A morte é um estado de apatia e também de um cárcere...
A morte pode residir em uma angelita à espera de um admirador;
A morte pode ser preciosa se nela encontrarmos marcas de quem muito amou;
A morte é nossa amiga, guarita ou desconforto aos demais viventes...
A morte é ruim para quem fica, mas para quem vai é um alívio;
A morte é sempre um descanso, esse quê que a trouxe, esse é um dilema...
As guerras de outrora, sejam por quais razões, cujas as mesmas as incitaram são circunstâncias advindas de autores indecifráveis, desumanos, vis... e nesse caso a morte trazida pelos mesmos, essa sim, é uma realidade que afasta todo perfume delicado a confortar um coração arrasado.
Qual perfume enfeita um soldado enviado para um campo de batalha, mesmo que seja para defender sua pátria? Tornar-se-á um joguete, pois o mesmo não tem direito à escolha, age sem alma, essa já morreu, ele aciona apenas seu medo e dele o que será?
Alguém inventou a guerra e Hitler entre outros canalhas, doentes e fanáticos pelo ideal de maldade aniquilaram sonhos e realidades fantásticas. As janelas dos trabalhadores e crianças foram alvejadas sem direito a qualquer indagação, ou seja, o direito à vida era por eles negado porque humanidade não traziam consigo. Para exaltar ainda mais essa distorção de valores ontológicos, esses desumanos achavam-se superiores à grandiosa Terra que nos habita  e faziam nela um cenário assustador...
Não quero descrever detalhes daquele mal, pois pesquisas levarão-nos a tal constatação, quero apenas trazer um sentimento fraterno aos sobreviventes dos "campos"...
Graças, existem seres de luz que hoje amparam os sobrevientes e felicidade é enxergar nos olhos deles a poesia, amor, conforto, todos os sinônimos de carinho renegados porque, felizmente, nesse exato presente, cuidam de campos recobertos de vida e alegria, festejadas pelas florações humanamente aperfeiçoadas e toda dedicação prestada trará a cada nascer de dia mais uma ascensão em olhos incansáveis à procura de um milagre de amor. Sabemos, o olhar diz muito sobre nosso perfume anímico, ele revela nosso estado emocional e tudo que ainda será revelado, mas e as guerras? Só trazem a maldade, ou o contrário?

Ideais perniciosos pré estabelecidos traduzem o mal alojado em máquinas humanas. Há  guerra em nome da religião e também pela disputa por bens naturais, mas há outra guerra também assustadora, essa é em nome da incapacidade do homem ao conviver com as diferenças: não há aceitação pela sexualidade do outro e pela cor de pele, ou seja a intolerância pelo diferente é preocupante e assola toda naturalidade dos humanos ao que se refere à vida escolhida por cada um deles. Como se transitar pelas ruas de mãos dadas fosse um crime. E aos de pele escura restaram as cotas nas universidades, o próprio preconceito encontra-se justamente aí.
Mas o que falar do outro lado das vicissitudes humanas e naturais? Há os que aprenderam que o amor traduz a dignidade e os que se vestem dela e dela se nutrem estão em estado de graça porque amar é viver, então "se se morre de amor" aplaudamos a praça dos que compartilharam a vida e lições desse ato ficam para quem quiser simplesmente acordar.

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